Enquadramento histórico:
Durante a II Guerra, o casal luso-francês José de Brito Mendes e Marie-Louise vivia em Saint-Ouen (arredores de Paris), tendo como vizinhos Aron e Fojgel Berkovic, um casal judeu.
Os Brito Mendes tinham um filho: Jacques.
Os Berkovic tinham uma filha: Cécile.
Depois de Aron ser levado para Auschwitz, Fojgel percebe que é uma questão de tempo para ser levada também.
Os Brito Mendes, arriscando igualmente a vida, mantêm a seu cuidado a pequena Cécile, enquanto a sua mãe parte para vários esconderijos a partir daí.
Cécile continua a ser procurada pelas autoridades nazis e os Brito Mendes decidem enviá-la com Jacques para uma aldeia afastada dali.
A guerra acaba, Cécile sobrevive e quando o casal se prepara para a adoptar, surgem uns familiares da criança, que acabam por levá-la para os EUA.
Cécile cresce, estuda, casa e tem duas filhas, a quem nunca contou a sua história com a família Brito Mendes.
Jacques nunca deixou de tentar encontrar a sua “irmã”.
Quando, finalmente, consegue juntar as peças do puzzle, Cécile já faleceu e Jacques acaba por contar toda a história às filhas desta.
Depois disto, uma das filhas de Cécile, Cara, entra em contacto com o Yad Vashem, conta toda a história e inicia um processo para que o casal Brito Mendes receba o título “Justos entre as Nações”, que distingue os atos de não judeus que, arriscando a sua vida, ajudaram judeus durante a Shoah. E assim foi! José de Brito Mendes é um dos 4 portugueses com a distinção “Justo entre as Nações”.
Ficha Técnica:
Autoria e Encenação – Eduardo Molina
Direção de Actores – Filipa Melo
Elenco – Ana Baptista, Frederico Coutinho, Mariana Magalhães e Tiago Fernandes
Elenco infantil – Francisco Bacalhau/Luísa Bacalhau e Gonçalo Menino/Madalena Vaz Serrano
Cenografia e Figurinos – Ana Paula Rocha
Sonoplastia – Tomás Alves~
Desenho de luz: Sérgio Gaspar
Produção – Companhia de Actores